Hoje o sono custa a vir. Comecei a analisar tudo que vivi desde janeiro de 2010. E pude notar o que mudou de lugar por aqui. Entre amores e amigos, a Karen continua "praticamente" a mesma. Tirando algumas marcas,alguns diplomas de cursos sentimentais por correio, continuo a mesma. Perdi muitas pessoas, a maior parte porque tinha de ser. Me lembrei que podia ter evitado muitas decepções, que devia ter escutado meu sexto sentido que me avisou algumas vezes que eu estava seguindo a direção do desastre, mas eu sempre fui do tipo que prefere cair de cabeça, a pensar meses depois como teria sido. Eu tenho uma lealdade absurda com as pessoas, mesmo com aquelas que, talvez, nunca tenham retribuido, e é exatamente por isso que essa insônia me pegou. Não me arrependo de nada que fiz. E isso me deixa tão bem.
Tão firme de que nada poderia ter sido diferente do que hoje é. Alguns amei de menos, outros amei demais, mas era sempre eu. Em cada segundo, eu. Cumprindo minhas promessas, honrando meus sentimentos, me dedicando ao que eu acredito ser amor, ser amizade. Sei que o tempo passa e isso que me conforta. Eu vou me encaixar nessas lacunas, serei forte e decidida como sempre fui. Por mais que hoje eu me permita olhar para trás, e pedir um colo à autopiedade. O principal é que eu precisava agradecer. A quem me machucou, obrigada,precisava das cicatrizes. A quem me amou, obrigada, parte desse amor carrego comigo para onde vou. Hoje sou retalhos de amor e de dor que esse ano me causou, hoje eu estou inteira para alguém. Antes eu não me entregava, depois me entreguei demais. Hoje eu sei a medida exata para ser perfeito. Um futuro me espera,um amor me espera,uma vida me espera. E eu me permito viver tudo isso, porque só eu mesma posso decidir até onde posso chegar, e eu vou longe, me prometo... Idealizei pessoas, amei ideais, criei hérois, me permiti chorar. Cresci. Levantei, olhei pra mim, ri, continuo rindo. Meu orgulho é dizer que não decepcionei ninguém. Tive meus erros, errei na dose, mas sempre com muita honestidade.
Esses últimos anos ano eu sangrei, pedi desculpas, voltei atrás,coloquei vírgulas algumas vezes, rezei por mim. Desejei o fim. Mas estive em pé. Continuo em pé, por todos que estiveram do meu lado, e por quem ainda vai estar. Quero de coração que todos que estiveram comigo sejam felizes, mesmo que eu não deseje participar da felicidade de alguns deles. Mesmo que eu prefira nunca mais sentar na mesma mesa, nem dividir o mesmo olhar. Ainda assim desejo a felicidade, a paz, o caminho. A única coisa que posso lamentar foi a falta. A falta de coragem, de palavras, de sinceridade ,acompanhei de muitos esse comportamento. Mas eu vou me perdoar. Me perdoar por ter errado, me perdoar por ter amado, por ter sofrido, por ter sido boba. Ainda que nada disso faça sentido, eu sei que fui única para quem me dediquei, virão melhores, virão piores, mas como eu. Nunca mais.
Agora encosto minha cabeça no travesseiro, leve e sem culpa nenhuma, com a esperança renovada, para sonhar os mesmos sonhos de um ano atrás...
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