terça-feira, 29 de março de 2011

Hoje o sono custa a vir. Comecei a analisar tudo que vivi desde janeiro de 2010. E pude notar o que mudou de lugar por aqui. Entre amores e amigos, a Karen continua "praticamente" a mesma. Tirando algumas marcas,alguns diplomas de cursos sentimentais por correio, continuo a mesma. Perdi muitas pessoas, a maior parte porque tinha de ser. Me lembrei que podia ter evitado muitas decepções, que devia ter escutado meu sexto sentido que me avisou algumas vezes que eu estava seguindo a direção do desastre, mas eu sempre fui do tipo que prefere cair de cabeça, a pensar meses depois como teria sido. Eu tenho uma lealdade absurda com as pessoas, mesmo com aquelas que, talvez, nunca tenham retribuido, e é exatamente por isso que essa insônia me pegou. Não me arrependo de nada que fiz. E isso me deixa tão bem.
Tão firme de que nada poderia ter sido diferente do que hoje é. Alguns amei de menos, outros amei demais, mas era sempre eu. Em cada segundo, eu. Cumprindo minhas promessas, honrando meus sentimentos, me dedicando ao que eu acredito ser amor, ser amizade. Sei que o tempo passa e isso que me conforta. Eu vou me encaixar nessas lacunas, serei forte e decidida como sempre fui. Por mais que hoje eu me permita olhar para trás, e pedir um colo à autopiedade. O principal é que eu precisava agradecer. A quem me machucou, obrigada,precisava das cicatrizes. A quem me amou, obrigada, parte desse amor carrego comigo para onde vou. Hoje sou retalhos de amor e de dor que esse ano me causou, hoje eu estou inteira para alguém. Antes eu não me entregava, depois me entreguei demais. Hoje eu sei a medida exata para ser perfeito. Um futuro me espera,um amor me espera,uma vida me espera. E eu me permito viver tudo isso, porque só eu mesma posso decidir até onde posso chegar, e eu vou longe, me prometo... Idealizei pessoas, amei ideais, criei hérois, me permiti chorar. Cresci. Levantei, olhei pra mim, ri, continuo rindo. Meu orgulho é dizer que não decepcionei ninguém. Tive meus erros, errei na dose, mas sempre com muita honestidade.
Esses últimos anos ano eu sangrei, pedi desculpas, voltei atrás,coloquei vírgulas algumas vezes, rezei por mim. Desejei o fim. Mas estive em pé. Continuo em pé, por todos que estiveram do meu lado, e por quem ainda vai estar. Quero de coração que todos que estiveram comigo sejam felizes, mesmo que eu não deseje participar da felicidade de alguns deles. Mesmo que eu prefira nunca mais sentar na mesma mesa, nem dividir o mesmo olhar. Ainda assim desejo a felicidade, a paz, o caminho. A única coisa que posso lamentar foi a falta. A falta de coragem, de palavras, de sinceridade ,acompanhei de muitos esse comportamento. Mas eu vou me perdoar. Me perdoar por ter errado, me perdoar por ter amado, por ter sofrido, por ter sido boba. Ainda que nada disso faça sentido, eu sei que fui única para quem me dediquei, virão melhores, virão piores, mas como eu. Nunca mais.
Agora encosto minha cabeça no travesseiro, leve e sem culpa nenhuma, com a esperança renovada, para sonhar os mesmos sonhos de um ano atrás...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Estou feliz demais. Encontrei o que tinha perdido. A minha felicidade não se mede em palavras. Mas posso tentar. Sabe quando pega seu filme favorito passando na tv? A satisfação de comer seu doce da infância, uma risada que saiu sem querer. Um presente esperado, um beijo que finalmente aconteceu. Abraço de alguém que você sentia muita saudade. Sabe? Orgasmo que faz seu corpo inteiro tremer, sentir a respiração do outro na sua pele. Desejo também é felicidade... Raspar a panela, tomar banho quente no frio, nadar sem roupa. Sensação de que nada no mundo pode te derrubar. Comprar algo que batalhou para ter. Abrir uma carta. A última página do seu livro favorito. Dormir com aquele barulho de chuva, acordar para dormir de novo. Fazer alguém sentir orgulho de você.

Descobri que a gente passa a vida inteira sentindo a tal felicidade, e nem se dá conta disso...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Primeiras impressões.

Esse final de semana é decisivo pra mim. Marca uma série de mudanças.Não é todo dia que apresentamos o novo namorado para familia. Mas eu sonhei que estava sendo salva por um héroi que já morreu. Eu não preciso ser salva. Estou caminhando por vontade própria e bem feliz por essa corda bamba, que é a mais segura que já estive. Eu mesma crio os meus problemas. Vivo pra confundir o que é claramente simples. Saber o que se quer não muda muita coisa. Você não controla pensamentos, nem sua memória olfativa. Por mais que eu saiba exatamente o que fazer ainda me perco em alguns detalhes, em algumas perguntas que ficaram sem resposta. Quero um toddy, o som da chuva e meu travesseiro. Quero organizar a minha gaveta, antes que ela despenque com a quantidade de coisa que tem carregado. Não vou voltar atrás. Não quebro promessas. Mas por hoje, me deixa escutar aquela música e pensar que eu só sonhei, a culpa fica pra amanhã.








saudades.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Fiz tudo certo, errei quando coloquei sentimento. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Odeio mulher sonsa. Daquelas que precisam ser cuidadas o tempo todo, paparicadas e mimadas. Porque eu nunca precisei de nada disso pra me aproximar de alguém. Não gosto de pessoas frágeis. Não acho bonito você se gabar de medos e inseguranças. Afinal o sentimento que isso produz é a pena. Chamar a atenção dos outros porque estão com pena de você? Porque você e seu namorado estão em crise? Ou porque coitada ela está sofrendo? Sofrer é bem humano mesmo, mas não quero que todos saibam onde e o que machuca. Acho importante ter fragilidades, mas é exagero fazer o mundo inteiro saber disso e sentir pena de você, enquanto a pessoa que mais deveria não faz nem idéia do que está acontecendo... Quem escolhe ser vitima ou ser bandido é você. Eu particularmente tenho afinidades com os heróis. A favor da não promoção á dor dos outros nem deles mesmos, que sofrem sim, mas, fazem disso um aprendizado. Vaca.

quarta-feira, 16 de março de 2011


Algum tempo atrás, tinha uma mania gigantesca de se apegar a coisas que pudessem trazer lembranças de alguém. Seja qual fosse o objeto, se ele trouxesse alguma memória, mesmo que em uma escala muito pequena, queria manter por perto. As caixas com um tom quase amarelado pelo tempo se acumulavam dentro de seu guarda-roupa e onde mais houvesse espaço. Excesso de lembranças? Sim, e também de gente que foi embora. Que foi embora porque quis, que foi embora porque teve que ir, que foi embora porque achou um lugar melhor pra estar. Não queria mais falar sobre saudade. Não queria mais abrir caixas imensas e só ver coisas que não faziam mais sentido. Coisas que realmente foram importantes, ela aprendeu a guardar na memória, de modo que qualquer papel, foto, bilhete e carta se tornam absolutamente desnecessários. O que foi bom de verdade, não se esquece. A única ação que fazia agora para lembrar, era fechar os olhos. Lá, dentro de sua cabeça confusa e imprevisível, encontrava tudo o que precisava e que ninguém poderia levar embora. Saudade? Não sentia mais. Isso é coisa de quem se apega ao que é tangível. Agora os tempos são outros, meu caro.

terça-feira, 15 de março de 2011

auto-sabotagens infinitas estava com saudades.
não lembrava mesmo que você existia.

sexta-feira, 11 de março de 2011

"Eu acredito que tudo acontece por um motivo. As pessoas mudam para que você consiga deixá-las para lá. As coisas dão mal para você aprender a aprecia-las quando estão boas. E às vezes, coisas boas se separam para que coisas melhores ainda se juntem"