quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Eu não sei cativar raposas, muito menos pessoas. Não sei correr atrás de libélulas em grandes campos e muito menos prender vagalumes em potes. Não sei cuidar de mim sozinha e não sei limpar corações que só carregam sentimentos ruins. Não sei abrir exceções. Não consegui ficar sem beber coca-cola sexta a tarde mesmo sabendo que deveria me controlar e na maioria das vezes meus sentimentos não duram muito. Agora que vocês sabem que eu sou uma mestre na arte de perder nesse assunto todo, façam-me pequeno favor. Me deixem ao menos ter esperança, mesmo sabendo que ela não é sólida e não dá pra colocar dentro de uma caixa ou em uma gaveta com chave e me deixem ir de cara no muro de novo, até eu entender o quão real são esses tijolos que o sustentam e poder contar quantos hematomas e ferimentos são precisos para enxergar o outro lado. Só me deixa. Deixa esse concreto me dizer quando é a hora de desistir. Os sonhos são só artifícios usados por gente que não vive a vida que deseja viver
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